Sobre o livro: 1988 / Este livro tem um destino incrível. Criado no início do século XIV por uma senhora da corte chamada Nijo, ficou no esquecimento durante quase sete séculos e só em 1940 foi acidentalmente descoberto nas profundezas do depósito de livros do palácio entre manuscritos antigos não relacionados com a boa literatura. Era uma cópia feita por um copista desconhecido do século XVII a partir de um original perdido. ...Apesar de todas as provações, Nijo ainda não desanimou. Das páginas de sua história emerge a imagem de uma mulher dotada de uma mente natural, de vários talentos e de uma alma sutil. É claro que ela era um produto do seu ambiente, partilhava todos os seus preconceitos, valorizava o nascimento nobre e as maneiras refinadas acima de tudo, chamava os samurais de “selvagens orientais” e notava com indignação a sua ignorância e crueldade. Mas, ao mesmo tempo - que energia incrível, que desejo persistente e proposital de sair do círculo vicioso da vida palaciana! Foi preciso muita coragem para que esse desejo finalmente se tornasse realidade. É assim que ela fica na memória - uma pobre freira de alma rebelde...